Tratamento do Câncer de Pênis

O câncer de pênis, apesar de ser raro no sul do Brasil existe, causa nos seus portadores grande morbidade, sendo doença letal quando se perde a chance da cirurgia curativa. A doença se caracteriza por uma úlcera, ou ferida peniana que não cicatriza após 4 a 6 semanas.A doença que evolui, pode sair do seu sítio primário e atingir os linfonodos da virilha, chamados íleo-inguinais. No dia de ontem pude revisar a literatura no que se refere ao tratamento desses linfonodos metastáticos. São as lesões chamadas popularmente de “ínguas”, que acometem a região da virilha. Como o tratamento curativo é cirúrgico, para o cirurgião esse é um desafio que, se efetivo, pode levar o paciente à cura dessa terrível doença.

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Pude ler um interessante trabalho divisor de águas, do médico americano Elwin Fraley publicado em 1972 (J Urol, volume 108, página 279). A idéia desse cirurgião foi diminuir a morbidade das complicações cirúrgicas usando duas incisões, deixando-se entre elas uma chamada “skin bridge”, área de pele intacta, conforme demonstro na figura. Apesar de haver métodos modernos, inclusive usando-se a laparoscopia, a incisão de Fraley é ainda uma excelente ferramenta cirúrgica nos dias atuais.

Sempre que houver uma ferida peniana que não cicatrize procure um médico para que seja realizada uma biópsia, assim esclarecendo a causa dessa alteração.

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