A vasectomia é uma cirurgia que interrompe a circulação de espermatozóides produzidos pelo testículo, ao ligar dois canais que fariam esse transporte. Essa cirurgia, considerada um método definitivo, é usada como contraceptivo por mais de 30 milhões de casais em todo o mundo. O que acontece após a vasectomia é que o sêmen continua sendo produzido da mesma forma, mas os espermatozóides encontram uma barreira ao seu livre fluxo, o líquido seminal não possui gametas, logo não é possível a fecundação. Importante ressaltar que o volume e as características físicas do ejaculado não mudam em nada após a vasectomia, apenas não há células reprodutivas.
Porém, quando necessário, é possível sim reverter a vasectomia. Essa reversão pode ser realizada até vários anos após a cirurgia inicial, porém, após 8 anos, as taxas de sucesso diminuem notadamente, pois a medida que o tempo passa fica mais difícil os espermatozoides voltarem a fazer a circulação pelos microscópicos canais do epidídimo e canal deferente. Cirurgias feitas nesse prazo de 4 anos, possuem 90% de chances de sucesso, depois de 8 anos as chances caem para 72%. Os números são melhores em relação à potência do canal, e consequente presença de espermatozóides no ejaculado.
Para a reversão é preciso reconectar os dois canais que foram separados na primeira cirurgia, em uma microcirurgia, considerada pouco invasiva, que pode durar entre duas e quatro horas.
Após a microcirurgia, o paciente normalmente tem alta no mesmo dia, mas a recuperação total pode levar em média dez dias, precisando de repouso total nos três primeiros.
Concluindo, apesar de reversível, com taxas de sucesso consideradas boas, antes de ser submetido á vasectomia é importante uma crítica análise, e o entendimento que há métodos não definitivos, no caso de haver dúvidas quanto à fertilidade no futuro.