Disfunção erétil: o que fazer?
Em 2014, o levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia analisou cerca de 1.500 pessoas, entre 40 e 69 anos, e revelou que 59% dos homens já sofreram algum problema de ereção. Do total, 12% convivem com a dificuldade de forma recorrente. Além do aspecto psicológico, por atingir a autoestima, a disfunção erétil pode ser o primeiro sinal para outras doenças do sistema circulatório e neurológico. A pesquisa avaliou a percepção masculina e feminina sobre a doença.
A ereção do pênis é responsabilidade dos sistemas vascular, nervoso e hormonal. O cérebro dispara mensagem do estimulo sexual e é transmitida através da medula espinal até as terminações nervosas, que chegam aos corpos cavernosos – estruturas de consistência esponjosa que ao se encher de sangue provocam a ereção do pênis.
Há alguns fatores que causam o mal funcionamento da ereção, a impotência, chamada pelos médicos de disfunção erétil. São eles a aterosclerose, o consumo de cigarro, excesso de álcool, diabetes, hipertensão arterial e hiperlipidemia, problemas hormonais como a falta de Testosterona e o excesso de Prolactina. A idade avançada não necessariamente é uma causa, já que pacientes saudáveis tem ereção normal mesmo com idade avançada.
Ainda dentro deste contexto, a depressão, bem como algumas medicações usadas para o tratamento, também podem ser um fator de risco que atinge a parte dos homens com impotência. Sentimentos como estresse, a ansiedade e o medo do fracasso, está entre as causas da disfunção erétil. As ditas causas psicogênicas são a maioria na população jovem, até os 40 anos de idade. Ao mesmo tempo, apenas apresentar disfunção erétil em consequência de causas físicas, orgânicas, pode ser deprimente ou provocar ansiedade.
Tanto a forma psicogênica, quanto a orgânica, relacionada a problemas neurológicos, vasculares e endócrinos, mais comum em pessoas com mais de 40 anos, a disfunção erétil tem tratamento e precisa apenas ser discutida de forma aberta. O diagnóstico correto é fundamental para identificação dos fatores que causam inadequação sexual para o homem ou com quem ele se relaciona.
Após o diagnóstico clinico, o tratamento da disfunção erétil pode ser realizado através de psicoterapias, reposição hormonal (em casos de homens acima dos 45 anos de idade), autoinjeção, próteses, géis e cremes, e enrijecimento por sucção. Além disso, a medicina disponibiliza medicamentos direcionados para a ereção peniana, chamados inibidores da Fosfodiesterase-5, que com o relaxamento da musculatura lisa do corpo cavernoso, facilitam a ereção, como o Sildenafila, Tadalafila, Vardenafila, Udenafila, entre outros.
Somente o médico pode dizer qual o medicamento e forma de tratamento ideal para cada caso. Em caso de suspeita de disfunção erétil, não tenha vergonha e procure um médico. O diagnóstico é fundamental para o tratamento e melhora da performance sexual.
Referência:
– Sociedade Brasileira de Urologia