HPV: a doença cresce em todo mundo
Segundo o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia das Doenças do Papilomavírus Humano, ao redor do planeta, há em torno de 600 milhões de pessoas infectadas com HPV. A pesquisa revela que entre 75% e 80% da população adquirem um ou mais tipos da doença em algum momento da vida. A Organização Mundial da Saúde revela que as DSTs estão entre as dez principais causas de procura por serviços de saúde no mundo.
Devido ao crescimento da contaminação, as doenças sexualmente transmissíveis causam impacto individual e de saúde pública. No caso dos homens, na maioria das vezes, a doença se manifesta silenciosamente, transformando o portador em um transmissor do vírus aos parceiros através do contato íntimo. Em alguns casos, a doença se manifesta através do aparecimento de verrugas genitais.
Estudos revelam que 65% das infecções regridem espontaneamente, no qual 14% possuem um alto índice de recorrência e 45% dos pacientes tratados podem manter o vírus latente, ou seja, serem portadores.
O HPV é um vírus que se instala na pele ou em mucosas e afeta tanto homens quanto mulheres. A infecção acontece, na maioria das vezes, através da relação sexual não protegida, provocando diversas doenças, como as verrugas genitais, os cânceres de colo do útero, vagina, e nos homens, está associado ao desenvolvimento de câncer de ânus, pênis, língua, boca e garganta.
Utilizar preservativo nos atos sexuais diminui o risco de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, mas não evita o contagio, que pode ser feito pelo contato pele com pele, pele com mucosas (revestimento úmido e interno de cavidades, por exemplo, vagina e canal anal) e entre mucosas. Não se pode descartar a possibilidade de contaminação por meio de roupas e objetos, apesar de menos provável.
A vacinação é defendida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a principal forma de prevenção contra o HPV, já que o uso da camisinha ajuda, mas não garante proteção total contra o contágio. A vacinação protege contra o surgimento de verrugas genitais e câncer anal, devendo ser tomada por indivíduos que não estão infectados com o vírus HPV, com menos de 26 anos. A vacinação é especialmente indicada para homens que mantém relações sexuais com outros homens e em pacientes com HIV Positivo, mas todos os homens podem tomar esta vacina.
Existem diversos tratamentos que têm por objetivo reduzir ou eliminar as lesões causadas pela infecção, como as verrugas genitais e as alterações pré-cancerígenas no colo do útero. A forma de tratamento depende de fatores como a idade do paciente, o tipo, a extensão e a localização das lesões.
O ideal é procurar um médico com o aparecimento de lesões para que haja um acompanhamento profissional em busca de um diagnóstico especifico, assim evitando consequências mais grave durante o tratamento da doença.
Curiosidades
- O HPV pode demorar 20 anos para causar uma doença relacionada. Habitualmente, o HPV leva de dois a oito meses após o contágio para se manifestar, mas podem se passar diversos anos antes do diagnóstico de uma lesão pré-maligna ou maligna. Devido a essa dificuldade de diagnóstico, torna-se impossível determinar com exatidão em que época e de que maneira o indivíduo foi infectado.
- As verrugas genitais são muito comuns. Estima-se que aproximadamente 10% das pessoas (homens e mulheres) terão verrugas genitais ao longo de suas vidas. As verrugas genitais podem aparecer semanas ou meses após o contato sexual com uma pessoa infectada pelo HPV.
- As verrugas genitais podem desaparecer naturalmente, sem nenhum tipo de tratamento. Não há como saber se as verrugas genitais desaparecerão ou crescerão. Dependendo de seu tamanho e localização, existem várias opções de tratamento. O médico pode escolher a aplicação de um creme ou solução especial nas verrugas ou ainda remover algumas delas por congelamento, cauterização ou a laser. Se as verrugas genitais não responderem a esses tratamentos, o médico pode utilizar a cirurgia para removê-las. Em 25% dos casos, as verrugas são reincidentes, reaparecendo mesmo após o tratamento.
Referência:
– Guia do HPV
– Portal Tua Saúde – HPV no homem – Como identificar e Tratar