Evolução da altura no mundo: o que mudou nos últimos 100 anos

Nos últimos cem anos, o mundo assistiu a uma transformação fascinante: o aumento da altura média da população. Um novo estudo divulgado pela revista eLife, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), revelou dados impressionantes sobre a evolução das estaturas em mais de 200 países, analisando mais de 18 milhões de pessoas entre 1914 e 2014.

O crescimento da população no mundo

Os dados apontam que países industrializados lideram o crescimento médio da altura. Quanto mais rico for um país, maior tende a ser a estatura de seus habitantes, refletindo melhores condições de vida, nutrição e saúde. Um exemplo marcante é a Holanda, onde os homens são os mais altos do mundo, com uma média de 1,82 m. Em contraste, no Timor Leste, os homens apresentam a menor média global, com 1,62 m.

Entre as mulheres, a Letônia se destaca com uma altura média de 1,70 m, enquanto a Guatemala tem a menor média feminina do mundo, de apenas 1,49 m.

O avanço no Brasil

O Brasil também registrou um avanço significativo na altura média de sua população. Os homens nascidos em 1996 têm uma altura média de 1,73 m, 10 cm a mais que aqueles nascidos no início do século XX. Já as mulheres brasileiras, que antes tinham uma média de 1,50 m, alcançaram 1,61 m, um aumento de 11 cm. Esses números refletem melhorias nas condições de saúde, alimentação e qualidade de vida ao longo das décadas.

Genética e fatores ambientais: o que influencia a altura?

Embora a genética tenha grande influência na estatura — cerca de 80% segundo estudos do grupo GIANT — fatores ambientais também desempenham um papel crucial. Alimentação balanceada, acesso à saúde e condições sociais favoráveis ajudam a moldar a altura de cada geração. Portanto, o aumento médio global não pode ser atribuído apenas aos genes, mas sim a um conjunto de fatores que refletem o desenvolvimento socioeconômico.

O futuro da estatura humana

Apesar do crescimento contínuo da altura média no último século, especialistas questionam se essa tendência vai persistir. Limitações genéticas e a estabilização de fatores ambientais podem significar que, em algum momento, a humanidade alcance um “teto” de crescimento. Contudo, o estudo continua a demonstrar como os avanços em saúde e qualidade de vida podem impactar gerações de forma positiva.

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