Nos últimos anos, um dado preocupante tem chamado a atenção dos especialistas: o número de infartos em pessoas com menos de 40 anos aumentou drasticamente. Segundo o Ministério da Saúde, as internações dessa faixa etária por ataque cardíaco cresceram 184% entre 2000 e 2022. Embora o infarto seja mais comum em pessoas acima dos 40 anos, essa mudança nos números mostra que fatores de risco estão cada vez mais presentes entre os mais jovens.
O que está causando esse aumento?
Os especialistas apontam diversas razões para esse crescimento alarmante. O aumento da obesidade é um dos fatores mais preocupantes: em 2024, cerca de 34% dos adultos brasileiros estavam obesos, um salto considerável em relação aos 20% registrados em 2019. Além disso, o uso crescente de cigarros eletrônicos (vapes), que muitas vezes são vistos como inofensivos, também pode estar impactando a saúde cardiovascular.
Outro fator de risco recente é o uso de hormônios, incluindo o polêmico ‘chip da beleza’. Essa tendência, que ganhou popularidade nos últimos anos, tem sido associada a efeitos adversos, incluindo problemas cardíacos. O estresse, o sedentarismo e a alimentação desequilibrada completam o cenário preocupante.
Os infartos em jovens são diferentes?
Sim! De acordo com médicos, os infartos em jovens tendem a ser mais graves. Isso ocorre porque, em pessoas mais velhas, as artérias podem desenvolver uma rede de vasos sanguíneos alternativos que ajudam a minimizar o impacto da obstrução. Já nos jovens, essa adaptação ainda não ocorreu, tornando os infartos mais perigosos.
Além disso, os sintomas podem variar bastante. Embora a dor no peito irradiando para o braço esquerdo seja o sintoma mais conhecido, outros sinais, como suor excessivo, palidez e dor no estômago, também podem indicar um infarto. Infelizmente, por acreditar que ataques cardíacos são raros nessa idade, muitos jovens e até mesmo alguns médicos podem subestimar os sinais.
Como se prevenir?
Apesar do aumento dos casos, existem formas de reduzir os riscos de infarto em jovens. Algumas medidas essenciais incluem:
- Alimentação saudável: reduzir o consumo de ultraprocessados e priorizar alimentos naturais.
- Atividade física regular: manter uma rotina de exercícios para fortalecer o sistema cardiovascular.
- Evitar cigarros eletrônicos e substâncias hormonais sem acompanhamento médico.
- Controlar o estresse e priorizar o bem-estar mental.
- Fazer exames regulares para monitorar a saúde do coração.
Os números não mentem: o infarto em jovens está aumentando rapidamente. Mas com mais informação, prevenção e hábitos saudáveis, é possível reverter essa tendência. Cuidar do coração não tem idade, e a melhor hora para começar é agora!