A avaliação metabólica completa é necessária logo no surgimento da pedra no rim?
Cálculo ou litíase renal, também conhecida como pedra no rim, é uma patologia causada pela cristalização de sais minerais presentes na urina. Estes cristais podem ser de cálcio (70% dos casos), cistina, estruvita e ácido úrico (7% dos casos).
A FORMAÇÃO
Para o surgimento da pedra no rim, a quantidade de água na urina deve ser insuficiente para dissolver os sais presentes. E isso pode se dar pelo excesso de sais a serem desfeitos ou pela baixa ingestão de água para fazer a diluição, sendo este último o fator mais comum nos casos da doença.
Além de não atingir a quantidade diária indicada de ingestão de água, o surgimento da pedra no rim pode estar ligado a outras causas, que também envolvem o excesso de sal. Como histórico familiar, reincidência em quem já apresentou alguma vez a doença, adultos acima de 40 anos (apesar de poder surgir em qualquer idade), obesidade, doenças digestivas, cirurgias que alterem o processo de digestão e absorção, e dietas ricas em proteínas ou açúcares.
Também, homens são mais propensos a desenvolver pedra no rim, assim como pessoas que vivem em regiões de calor intenso e altas temperaturas.
OS SINTOMAS
Cálculos que estão dentro do rim não costumam apresentar sintomas. O incômodo surge com a movimentação para saírem do órgão, obstruindo o ureter – canal por onde a urina passa, que liga a pelve do rim à bexiga. Além de crises extremamente doloridas, podemos associar aos sintomas de pedra no rim o aumento na vontade de urinar, mas expelindo pouca ou nenhuma urina. Além de náuseas, vômitos, ardência ao mictar e sangue no líquido.
O TRATAMENTO
Para o tratamento são levados em conta os sintomas, o tamanho da pedra no rim e em que região ela está localizada. Cálculos considerados pequenos, isto é, com aproximadamente 3 mm, podem ser expelidos pela urina sem muitas complicações. Diferente de pedras maiores, que exigem procedimentos mais invasivos como cirurgias, ondas de choque e inserção de um tubo na Uretra para a retirada (Ureteroscopia).
Muito se discute sobre uma avaliação metabólica completa logo no primeiro episódio de pedra no rim. A não adoção da prática, é defendida pela dificuldade de coletar urina neste período, deixando para este início uma investigação básica, com exames físicos e anamnese detalhada sobre todos os sintomas e alterações sentidas. Juntamente com uma investigação laboratorial e de imagens, objetivando identificar a presença ou não de infecções, além de avaliar as funções renais.
Após os períodos de crise, a avaliação metabólica completa é bastante importante para determinar o fator formador dos cálculos renais, para que então possam ser tomadas medidas visando a prevenção do surgimento de novos.
O mais adequado, independente de como tenha sido descoberta a presença de pedra no rim é procurar um urologista. Além disso, o cuidado com a alimentação, principalmente com a ingestão de sal, e o consumo indicado de água, é fundamental tanto para melhora no quadro, quanto para prevenção.